Uma galáxia é frequentemente descrita como um enorme grupo de estrelas, o que não deixa de ser verdade, pois as galáxias contêm desde milhares a milhões e milhões de estrelas, além de poeira cósmica e grandes quantidades de materiais espaciais.
Mas chamar a uma galáxia um grupo de estrelas dá a ideia de que as estrelas estão todas juntas, como um monte de roupa suja. De facto, as galáxias podem estar muito bem organizadas, com uma forma clara e reconhecível, comparável à roupa lavada que foi cuidadosamente dobrada e guardada.
A nossa galáxia, a Via Láctea, é uma galáxia em espiral. Este tipo de galáxias são discos planos como um CD, mas em vez de terem um buraco no centro possuem uma grande mancha sem forma definida. (Esta mancha tem frequentemente um buraco negro supermaciço no seu centro)!
Existem também outras galáxias em espiral que possuem braços enormes que se enrolam em redor do centro, como a saia de uma bailarina a rodopiar. Finalmente tudo está envolvido pelo que se chama um halo de estrelas velhas, e algo como uma bolha mas de carácter misterioso e invisível.
Esta imagem obtida pelo Very Large Telescope mostra um grupo de estrelas jovens, designado enxame aberto. Nestas galáxias em espiral, os enxames abertos são normalmente encontrados dentro dos braços da espiral. Isto acontece devido ao facto de ser nesta zona que se encontram grandes quantidades de gás cósmico, o principal ingrediente para formar estrelas.
Ao contrário de outros grupos de estrelas, as que se incluem em enxames abertos separam-se lentamente à medida que envelhecem, demorando nisso várias centenas de milhões de anos. Na realidade, o nosso Sol nasceu provavelmente num enxame aberto com centenas de irmãos, que desde então se têm afastado pelo espaço!
A nossa galáxia contém cerca de 1000 enxames abertos!