A 800 milhões de quilómetros, nos confins do nosso Sistema Solar, um “despertador" toca para acordar uma pequena nave espacial do seu sono de dois anos e meio.
A pequena nave tem o nome de Rosetta. Após ter viajado durante cerca de 10 anos e ter percorrido praticamente 800 milhões de quilómetros, a Rosetta despertou na segunda-feira desta semana, pronta para reiniciar a sua missão até ao cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko.
A Rosetta é alimentada por energia solar (proveniente dos raios solares); logo, ao estar mais afastada do Sol, recebe menos energia. Há cerca de trinta meses, a Rosetta vogava longe do Sol, perto do planeta Júpiter, e teve de ser adormecida, para poupar energia.
Após ter passado uma década a percorrer o Sistema Solar, cruzando-se de perto com Marte e a Terra por várias vezes, e até visitando uns quantos asteróides, a Rosetta irá entrar na fase derradeira da sua missão no final deste ano.
Em Agosto, alcançará o cometa. Durante dois meses irá orbitá-lo e irá produzir um mapa detalhado da sua superfície. O seu objetivo é encontrar um local onde o módulo que transporta possa aterrar. Este módulo, de nome Philae, tem a sua chegada prevista para o dia 11 de novembro, e efetuará a primeira tentativa de aterragem num cometa!
Se esta missão de alto risco for bem sucedida, trará grandes benefícios. Os cometas são como cápsulas do tempo, relíquias da formação do nosso Sistema Solar. Estudá-los ajuda-nos a compreender como se formou o nosso lar no Universo.
Devido à distância a que a Rosetta se encontra da Terra, as suas mensagens levam cerca de 50 minutos a alcançar-nos.