Na vida de uma borboleta existem várias fases, em que ocorrem mudanças radicais de forma: de ovo passa a lagarta, depois a uma crisálida fechada no seu casulo, e por fim transforma-se numa bonita borboleta adulta.
Astrónom@s também observam a beleza da metamorfose, mas na escala mais gigantesca que se pode imaginar. A imagem de hoje captura o preciso momento em que uma velha estrela começa a fazer mudanças naquilo que a rodeia.
Na fase final das suas vidas, as estrelas como o nosso Sol aumentam de tamanho e transformam-se em gigantes vermelhas. Depois, num último suspiro, expulsam para longe as suas camadas de gás mais externas. Este gás afasta-se pelo espaço e forma nuvens de beleza estonteante, a que chamamos nebulosas planetárias. Estas nebulosas adotam uma forma que resulta da própria estrela e do ambiente que as rodeia, onde podem existir planetas ou mesmo outras estrelas em órbita.
A estrela da imagem está a enviar para o espaço jatos de gás a alta velocidade, que colidem com a poeira e gás circundantes, o que dá origem a esta espetacular paisagem cósmica.
Tal e qual como as borboletas, as nebulosas planetárias podem ter inúmeras formas, e cores de grande beleza. Algumas são esféricas, mas outras possuem estruturas mais complicadas, onde se incluem formas de ampulheta ou (muito adequadamente) borboletas!
As nebulosas planetárias não têm nada a ver com planetas – portanto, de onde veio esse nome? A palavra “nebulosa” quer dizer “nuvem” numa velha língua, o latim. Mas quando estes objetos foram descobertos, @s astrónom@s acharam-nos parecidos com os planetas Úrano e Neptuno, quando vistos ao telescópio. E, às vezes, os nomes acabam por ficar colados às coisas…