Diz-se que uma imagem vale mais do que mil palavras, e isso é sobretudo verdade quando se fala de imagens do espaço! Podemos usar muitos telescópios diferentes para observar o mesmo planeta, estrela ou galáxia, e cada um deles pode levar à descoberta de algo novo ou diferente!
Esta nova imagem da região central da Via Láctea, que faz lembrar grafitti, arte de rua cósmica, revelou novos detalhes sobre a forma como as estrelas nascem na nossa galáxia. Os astrónomos dispõem agora de novos indícios sobre um evento dramático que teve lugar há muito tempo: um curto episódio de formação de estrelas, tão intenso que produziu mais de cem mil explosões de supernovas!
Essas explosões estão entre os mais energéticos eventos que ocorrem no Universo, e brilham de tal forma que, durante algum tempo, podem ser mais luminosos do que toda uma galáxia, antes de começarem a desvanecer-se, ao longo das semanas ou meses seguintes. Mas durante esse curto período, uma supernova pode emitir tanta energia como o Sol faz ao longo de toda a sua vida!
Na realidade, a maior parte das estrelas da nossa galáxia são muito antigas. Descobriu-se que cerca de 80% das estrelas na região central da Via Láctea se formaram nos tempos mais jovens da nossa galáxia, entre 8 e 13,5 mil milhões de anos atrás. Estima-se que, no total, a Via Láctea contenha entre 100 e 400 mil milhões de estrelas.
O nosso Sistema Solar não se situa no centro da Via Láctea, mas também não fica na borda. Estamos na secção externa de um braço espiral, chamado braço de Orion. O Sistema Solar leva cerca de 200 milhões de anos a realizar uma órbita em torno do centro da galáxia!