Para muitas pessoas, as visões do nosso futuro no espaço consistem em naves a pairar, estufas lunares, e crateras cobertas por cúpulas. Porém, quem sonha com uma nova vida longe da Terra pode talvez começar a pensar de outra forma. As cavernas lunares podem bem vir a ser as luxuosas casas de férias do futuro!
A Lua é o nosso mais próximo vizinho cósmico. A apenas três dias de viagem da Terra, é um alvo óbvio para a edificação das primeiras casas-longe-de-casa da Humanidade.
Para ajudar a concretizar este sonho, os cientistas têm vindo a investigar a possível existência de túneis subterrâneos na Lua.
Imagens da superfície lunar mostram longas cadeias de crateras de colapso, o que sugere que podem existir grandes cavernas e túneis escondidos sob a camada superficial. Estes túneis podem constituir grandes redes, suficientemente vastas para acomodar vias de circulação e povoações onde os futuros exploradores se poderão acolher.
Apesar de próxima, a Lua é um local muito mais hostil do que a Terra. As temperaturas à superfície podem descer a valores muito mais baixos do que as que existem no pólo sul da Terra, ou subir até aos 100 ºC! Isto acontece sobretudo porque não existe na Lua uma atmosfera como a que temos no nosso planeta.
Viver por baixo do solo na Lua poderia proteger-nos destas temperaturas mortíferas, abrigar-nos de impactos de meteoritos, e bloquear a perigosa radiação que o Sol emite constantemente. Além disso, refúgios subterrâneos deste género podem ser perfeitos abrigos para quaisquer formas de vida alienígena que possam existir na Lua ou em Marte.
Para saber mais sobre as eventuais cavernas lunares, os cientistas dedicaram-se a estudar locais semelhantes aqui na Terra. Tal como as da Lua, estas formaram-se há muito tempo, graças a correntes de lava que correram por baixo da superfície do terreno.
Os astronautas estão a ser treinados no interior destas cavernas, de forma a saberem como realizar as investigações que podem ser necessárias em futuras missões à Lua ou a Marte.
Para termos um melhor vista sobre as cavernas da Lua, precisávamos que um meteorito fizesse ruir uma secção, ou que pelo menos abrisse um bom buraco no tecto, e pusesse à mostra os túneis escondidos.