Em 2009, uma mulher nos EUA bateu o recorde de maior número de bebés num parto, ao dar à luz oito pequenas mas saudáveis crianças.
No reino animal, o recorde é detido pelo macho do cavalo-marinho, que consegue acolher até 2000 crias de uma vez, antes de os lançar para a água do oceano como se fosse um canhão de confetti vivo. Ainda assim, as verdadeiras vencedoras do prémio de ‘Mãe do ano’ são as nebulosas.
As nebulosas são nuvens de gás e poeira que existem no espaço, e nas quais nascem milhares de milhões de novas estrelas. Tal como os cavalos-marinhos, as estrelas nascem normalmente em grupos de milhares, todas formadas a partir da mesma nuvem e aproximadamente ao mesmo tempo.
A imagem do espaço que acompanha este texto mostra a mais famosa região de formação de estrelas do céu, a Nebulosa de Orion. Podem ver-se as nuvens de gás que a constituem, retorcidas e coloridas, bem como milhares de estrelas recém-nascidas.
A Nebulosa de Orion é admirada pelos seres humanos desde há milhares de anos, mas ainda assim continuamos a descobrir novos segredos desta região. Ao usarem esta imagem para medir o brilho e a cor de todas as estrelas visíveis, os cientistas puderam calcular com precisão as suas idades.
E o que se verificou foi que, apesar de todas estas estrelas terem de facto nascido a partir da mesma nuvem (a Nebulosa de Orion), existem na realidade três grupos diferentes, e cada um deles formou-se num momento diferente. Portanto, apesar de todas estas estrelas serem filhas da mesma ‘nebulosa-mãe’, têm idades diferentes!
Os cientistas também descobriram que há diferenças na rotação dos três grupos – as estrelas mais novas possuem mais energia e rodam mais depressa, enquanto as mais antigas giram mais devagar.