As violentas e contínuas explosões nucleares que ocorrem no coração das estrelas originam o seu brilho. A maioria dos objetos no Universo, tal como os oito planetas do Sistema Solar e as luas que os orbitam, só podem ser vistos porque refletem a luz das estrelas. Ocasionalmente, um evento raro ocorre e a luz do Sol é impedida de alcançar um objeto. Estes eventos são chamados “eclipses”.
Designam-se por “eclipse solar” quando a Lua se interpõe entre o Sol e a Terra. e por “eclipse lunar” quando a Terra passa entre a Lua e o Sol, projetando uma sombra que cobre a Lua.
O mesmo pode acontecer em qualquer planeta que tenha luas, apesar de, tanto quanto sabemos, apenas na Terra existir vida para o testemunhar!
Durante um eclipse, esperamos que a Lua ou luas fiquem escondidas na escuridão completa, devido ao facto de o planeta bloquear a luz proveniente do Sol. Mas, quando recentemente os astrónomos observaram as quatro principais luas de Júpiter (Io, Europa, Ganímedes, e Calisto) a atravessarem a sombra do planeta, tal não se verificou. As luas tornaram-se mais ténues mas, misteriosamente, ainda mantinham algum brilho!
Tratou-se de uma surpresa para os astrónomos, embora não seja algo incomum. O mesmo fenómeno acontece na Terra quando temos a sorte de assistir a um eclipse lunar. A Lua escurece e adquire um tom vermelho escuro, mas não fica preta.
A razão de a Lua parecer mudar de cor prende-se com o facto de existirem poeiras na atmosfera da Terra que funcionam como um prisma e refratam ou desviam a luz que atinge o satélite. O mesmo acontece às luas de Júpiter, pois o planeta tem uma atmosfera fortemente nublada!
Na realidade, não sabemos se Júpiter não é 100% atmosfera, sem qualquer tipo de superfície sólida! Mas ainda assim, a densidade no seu interior pode crescer tanto que o núcleo do planeta seja composto de gases condensados, ou seja, no estado líquido.