Quando uma estrela maciça chega ao fim da sua vida não arde calmamente como uma vela que se vai apagando. Pelo contrário, despede-se com um grande “estrondo”, ou seja, uma explosão que brilha mais do que qualquer outra coisa no Universo! Esta explosão é chamada supernova e, quando tal acontece, a estrela é despedaçada, lançando material para o espaço. Mas há algo que fica para trás — uma “estrela de neutrões”— o núcleo remanescente de uma estrela maciça após ter explodido.
Esta imagem poderá parecer um caramelo mergulhado num fio dental, mas na realidade mostra a visão artística de uma exótica estrela de neutrões chamada “magnetar”.
As magnetares são alguns dos objetos mais extremos conhecidos no Universo. São um tipo de estrela de neutrões muito pequena e ultra compacta, que lança aleatoriamente poderosas labaredas de alta energia. Estas estrelas devem o seu nome ao facto de serem poderosos ímanes. Muito provavelmente já brincou com ímanes na escola, e sabe que conseguem atrair materiais como o ferro.
Os magnetares são ímanes notáveis— na realidade, os mais potentes no Universo! Bom, exceto esta. Esta imagem mostra “SGR 0418”, uma magnetar que não encaixa no molde. É um íman muito mais fraco do que qualquer outra estrela do mesmo género.
O que torna isto verdadeiramente intrigante, e levanta a questão: de onde vem a energia que alimenta estas labaredas de alta energia? Até agora os astrónomos pensavam que os poderosos ímanes alimentavam as fulgurações. Mas esta teoria não funciona para a SGR 0418! Esta estrela é uma raridade entre as raridades!
Sabe uma coisa? A Terra também funciona como um íman gigante! Apesar de não ser tão potente como uma magnetar, é suficientemente forte para nos proteger das nocivas radiações provenientes do Sol, e ocasiona as belíssimas auroras boreais.